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REVISTA CRESCER
Pesquisa mostra que 58% das mães acessam a rede social pelo menos uma vez ao dia e 98% já postaram foto do filho em sua página pessoal. Confira cuidados fundamentais na hora de compartilhar a vida das crianças na web
Por Marcela Bourroul
"Os resultados sugerem que, apesar das novas demandas que os pais de primeira viagem têm, passar tempo no Facebook traz algum benefício para eles", diz Sarah Schoppe-Sullivan, da Universidade Estadual de Ohio, co-autora da pesquisa que envolveu 154 mães e 150 pais. Os participantes foram entrevistados nove meses depois que o filho nasceu. Do total de mães, 58% visitam sua conta pessoal pelo menos uma vez por dia, contra 44% dos pais.
Ajuda online
Para
a psicóloga Rita Calegari, do Hospital São Camilo (SP), as redes
sociais, de fato, atendem nossa necessidade de conviver e podem ser um jeito
bacana de tornar mais próximo quem está longe. Tanto que outro dado
curioso da pesquisa é que, quando a maioria dos amigos da rede social
era um parente, a tendência era de que as mães se sentissem mais
satisfeitas em seus papéis. Já as que visitavam com mais frequência a
página demonstravam maiores níveis de estresse. O que leva os
pesquisadores a crer que, provavelmente, elas estariam buscando ajuda
ali. Mas é preciso bom senso na hora de usar as redes para falar da vida das crianças. “Os pais têm de ter consciência do que estão postando e se perguntar se suas publicações vão evergonhar ou comprometer a segurança dos filhos”, afirma a psicóloga. O estudo revelou, por exemplo, que 98% das mães já postaram uma foto do filho na rede social.
Sobre isso, Rita recomenda cuidado com imagens que identifiquem de onde é a criança ou em qual escola ela estuda, como fotos com o uniforme. Evite também expor passeios, brinquedos ou outros bens materiais, que denunciam o poder aquisitivo da família.
Ainda mais importante é lembrar do bem-estar do seu filho. “O que você acha engraçadinho quando ele tem 1 ano, quando seu filho tiver 5, ele pode ver e morrer de vergonha”, explica a psicóloga. “As coisas que constrangem a criança não são diferentes do que nós achamos constrangedor. Não gostaríamos de aparecer na foto chorando, pelada ou fazendo necessidades. Essas cenas também são vergonhosas para ela”, ressalta. Se o seu filho for mais velho, Rita recomenda o diálogo, pedindo a opinião da criança sobre a publicação e se ela gostaria de compartilhar aquilo com os outros.
Vale lembrar que a maioria dos sites tem políticas de privacidade e recursos para restringir as pessoas que terão acesso aos conteúdos que você compartilha. No Facebook, por exemplo, é possível criar grupos fechados. Use e abuse dessas ferramentas para compartilhar momentos marcantes do seu filho com quem realmente você quer e se sente segura. #ficaadica
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